sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Mara Senna na bilbioteca do Regatas

Mara Senna levou seu "Eternidades na Palma da Mão" para uma manhã de autógrafos na biblioteca do clube de Regatas, em Ribeirão Preto.
Parabéns à Mara e aos idealizadores do projeto.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Rita Mourão e seu espaço no Colégio Metodista


O colégio Metodista inaugurou em 05 de novembro, dentro de seu pequeno museu, um espaço dedicado à escritora Rita MOurão.
O espaço abriga troféus e medalhas da escritora vencedora de muitos concursos literários.
A escola liga, assim, definitivamente a história de Rita Mourão à sua própria.
Rita foi professora na escola, cuidou da biblioteca e deu início à um projeto literário que incentiva a escrita poética dos alunos, que produzem textos para um livro anual.
Rita estava muito feliz junto aos familiares e amigos, pessoas de grande importância em sua vida e carreira literária.
Nós , os presentes, vivemos momentos de emoção ao conhecer melhor a história desta grande mulher.
Parabéns, Rita Mourão!!
Aqui algumas fotos do evento:

Rita e sua galeria de troféus

Ely Vieitez Lisboa, ex-professora de Rita, Adriana Silva, presidente da Fundação Feira do Livro, Babete, diretora do colégio Metodista, Rita Mourão, Nelson Jacintho, então presidente da Academia Ribeirãopretana de Letras, da qual Rita faz parte, Dumara Jacintho, Eliane Ratier, coordenadora do núcleo de Ribeirão Preto da UBE_ União Brasileira de Escritores, da qual Rita faz parte.

Rita Mourão em discurso emocionado e emocionante
uma das filhas de Rita dando seu depoimento

Aqui, o discurso de Rita Mourão:

Deixo aqui meus agradecimentos a todos que ajudaram a escrever a minha história.
Em primeiro lugar agradeço a Deus que esteve sempre no comando dos meus projetos. Foi Ele quem colocou as pessoas certas nas horas certas quando busquei conhecimentos. Agradeço aos professores do Supletivo que abraçaram meus sonhos e me indicaram os caminhos da realidade.
A Escola Otoniel Mota que me preparou para ser professora. A grande Mestra e amiga Eli Vieitez que me deu a bagagem para trabalhar no Colégio Metodista com Produção e Interpretação de textos e ainda me fez reconsiderar o meu jeito de ser poeta. Foi você, Ely, o divisor de águas entre a Rita de ontem e a de hoje.
Ao Colégio Metodista, ao Dr. Levy e a Ithayr, que me deram a oportunidade de realizar meu sonho de ser mestra.
A Babete que sempre acreditou em mim e divulga o meu trabalho com carinho. A Bia e a Flávia, que com amor estão sempre à frente das divulgações dos meus poemas.
Ao Dr. Nelson, Adriana Silva e a todos os acadêmicos, parceiros e companheiros de sonhos.
A Mariinha, minha conselheira literária.
A Eliane Ratier e a todos da UBE
Ao meu marido que embora achasse loucura as minhas decisões tardias, acabou abraçando as minhas conquistas.
Aos meus filhos, grandes apoiadores da minha luta que não foi fácil, houve quedas, reerguimentos, muita fé , amor e poesia.
Mas eu amo as lutas, os desafios e quero dizer que se a vida é uma ordem eu fiz da literatura o meu jeito de driblar a vida e é por isso que sou uma mulher feliz.
Meu abraço carinhoso e mais uma vez, OBRIGADA A TODO

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Três poemas inéditos de Rita Mourão





O QUE ME CONSTRÓI
          Rita Mourão
Não sou  poeta solitária,
carrego em mim uma agilidade humana,
que tem  dom de se multiplicar.
Quero cantar o presente, ser fruto e ser semente,
comer e frutificar a maçã com a sã consciência
de que sou parceira da vida.
Quero sentir o sabor da entrega habitual,   
ritual  e oferenda à criação.
E a maçã extraordinariamente  madura
perpetuará o amor em explosão,
dom que se derrama e se faz nova Criatura.
 Ou se come do fruto ou  se morre sem multiplicação.



                   SUPREMACIA DA PALAVRA  
Sou leitora das minhas  possibilidades.
Leio-me e a fragilidade se aflora.
A  hora é de descobertas, desenhando a vida.  
Sou feita da Palavra que se multiplica,
um corpo regido por decreto.
Descubro em mim os  principais verbos do meu contexto,
frágil texto, ensaio de um incerto vir a ser.
“Nasce, vive,  morre, são  Palavras em ação
na arena da vida.
Sou corpo, receptáculo da Palavra,
Senhora das horas que me decrescem.
A Palavra  constrói  e  destrói
e o  Verbo é soberano, dele emana o tempo.
Viver é  ir-se embora, um despedir-se de cada hora.
Não me agrada ser corpo, é a Palavra quem lavra as sentenças.
Ser Palavra, ser variante, arcaica ou moderna,
mas eterna, recriando o verbo estar.  
E meu corpo se rebela, ao perceber que a Palavra  constrói
e destrói,  sem macular o corpo dela.
Sou   Palavra viva  enquanto vivo, depois serei essência,
uma  volátil presença do AMOR SUPREMO.
E a vida segue com  olhos de  touro.
 Só a Palavra é eterna.     (Rita Mourão)   


 Quando Ele chegar
                                Rita Mourão
A  mesa já foi posta.
O pão fermentado aguarda silencioso
a hora de ser imolado.
O vinho na taça                                                                                                           tinge de sangue os meus olhos expectantes.
A noite se aproxima, 
 o medo se inclina sobre meu corpo desinformado.
 Não  sei a hora exata da chegada
e a minha  humanizada natureza se aflige.
 Quero estar pronta e refaço todos os dias
 a limpeza dos ornamentos da mesa,
rituais  de uma última ceia.
Quando  Ele chegar encontrará a porta aberta,
 o alimento purificado para a oferta
e na partilha do pão me revelará sua glória.
Minhas expressões tomarão formas  de eternidade
e a suavidade do Amor Pleno povoará meu corpo transfigurado.
 Eu tocarei o rosto de Deus,  serei pássaro, serei anjo
e voarei sem o peso do invólucro que envolve a minha alma.
Vivi a vida,  a vida  agora me vive e me desarma.
Na mesa posta  uma vela bruxuleia,
à  espera da última ceia.             

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Elisa e Gaiô no Varal de Natal

  
Por Elisa Alderani  
  
Caminha lento, não te apresses... Pois o único lugar que tens a chegar é a ti mesmo”! (Ortega Y. Gasset)  
  
         Os anos passam, vão se multiplicando e sem perceber chegamos à idade da sabedoria. Perguntamo-nos o motivo de tanta pressa, de tanto estresse e o porquê de tantas preocupações que, ao final, nos levaram a nada, o tempo se encarregou de encobrir tudo com a poeira das lembranças.         O caminho foi árduo, complicado, cada um de nós conheceu muito bem o percurso percorrido.  
        Agora que os anos se passaram necessitamos caminhar lentamente, sem pressa de chegar. Este ditado nos leva a pensar, e pensar muito, sobre tanta pressa que tivemos de crescer, fazer isso e aquilo, correr atrás do amor, do trabalho para alcançar os objetivos que sonhávamos.  
        Tudo aconteceu como pensávamos? Não, infelizmente muitos acontecimentos mudaram a nossa rota. O caminho ficou tortuoso, às vezes procuramos saídas diferentes, atalhos que nos levaram para outros lugares e muitas vezes mais longe de nós mesmos. Precisou muitas vezes parar, e Deus pensou nisso com algumas pausas forçadas. Às vezes foi  uma doença inesperada, ou uma mudança repentina. Depois de todos estes acontecimentos inesperados, retomávamos o caminho com outro ânimo, pois tudo passa.            
     Somos como as águas de um rio, que nunca param, somos guiadas por uma força misteriosa, nós também contornamos as pedras e continuamos o percurso até o mar! O nosso mar que nos espera é calmo, eterno e profundamente desconhecido.       Deus na sua imensa misericórdia não nos deu a conhecer quando e como chegaremos às margens dele, nunca saberemos se está longe ou perto, não sabemos a distância que ele dista. A medida para nós é outra, é o tempo, só sabemos que chegaremos, às vezes sem ter conseguido nos conhecer... Mas temos certeza que alcançaremos a imensidade dessas águas!  
      É belo sonhar com serenidade, sem pressa, nesse azul das águas profundas de um oceano imenso que nos espera, pois é o Mistério" de nossa vida transitória...  
Imagem 

Imagem 
  
2015  Passagem  
2016  
  
Por Gaiô  
  
E no profundo silêncio que a noite envolve,  -se o ser humano tocado por um sentimento do que é mais nobre de significados:  A celebração do Ser que em si traz,  espelhado num menino, envolto em simplicidade  e que nasce ampliado no coração dos                 homens...  
E podemos todos nos reunir em Belém... É Natal!  
E juntos, para lá vamos, compondo  o corpo de luz  do universo,   
Levando no peito o Amor e nossas conquistas que reverberam nossas memórias Através da historia...  
E ao longo das eras vimos traçando caminhos, carregando propósitos,  novos desafios que se abrem a mil possibilidades    diante da vida, na macro dimensão do Ser...  
Façamos a caminhada das novas descobertas, sem medos.  
O universo está aí, bem dentro de você, de nós...  
E as estrelas falam no silêncio... Elas nos     reconhecem nas partículas que delas           herdamos.  
E nos irmanamos.  
Há mais vida, há mais organização do que suspeitamos.  
Cada astro, cada estrela, cada lua, cada sol, cada um de nós...tem seu lugar.  
Aquietemo-nos... Ouçamos, interior         adentremos, toda a beleza que se faz riqueza quando nos pomos a ouvir  o que diz o           coração.. .  
Ouçamos nossas vibrações  pessoais...  
Algo novo, oculto e desvelado, calmo,           silencioso, nasce da inteligência do coração.   
Desde a eternidade,  o trazemos  em nosso pulso evolucionário.  
Em ritos de passagem, de dentro pra fora vai se instalando uma revolução silenciosa e    lenta numa conspiração global, espiritual,   como se células se espalhassem em cada canto do Planeta em novas transformações.  
 E comungando talentos e dons anônimos,   podemos todos participar de cada cultura do mundo, se espalhando pelas cidades, vilas e vales, tribos e ilhas.  
E se revelam todos os mistérios que buscamos entender, sem quase nunca    compreender...   
E acariciados pelos sentidos, ouçamos  nossos sons, sintamos em cada movimento, nossa luz irradiando a verdade, vibrando a energia que acolhe e soma fraternidade.  
E saciados, façamos mudanças, novos          caminhos, nem sempre fáceis, ao encontro de novos olhares, iluminados de boa vontade e bondade na construção do mundo novo em redes múltiplas de amor e solidariedade. Sem fronteiras, como a língua, ricas de verdades límpidas, singelas, transparentes plantadas no coração maior de cada um.  
Num sopro inspiramos a força que vem do cosmos, exalando  cuidado ,  investindo no delicado,  colaborando por um mundo        melhor, num plano maior...  
Seja esta a religião do século 21...transpondo mais um degrau da evolução ao encontro de uma novo estado de consciência.  
E  harmonizados,  impregnados pelo Divino, vibremos em uníssono com a luz pela Paz,   inspirando cada som, cada melodia, desta   orquestra de dons  e talentos em celebração.  
Feliz Natal! Feliz Ano Novo!