quarta-feira, 30 de março de 2011

Cursos em São Paulo

Os cursos de extensão promovidos pelo CEHAL da PUC SP ,são coordenados pela Profª Vera Vieira que é responsável pelo ciclo de Técnicas de Oratória do Mutirão Cultural da UBE na PUC.


Violência e Poder: da Segurança Nacional à Criminalização das Demandas Sociais
Curso: EXTENSÃO
Unidade: Unidade Consolação / SP
Promoção: CEHAL PUC-SP - Faculdade de Ciências Sociais
Para se inscrever:
http://cogeae.pucsp.br/cogeae/curso/2512
Informações: (11) 3124 9600 (11) 3124 9600
Início em: 2 de abril de 2011
Duração: 36 horas
Horário: sábados, das 9 às 12 horas





Movimento Operário no Brasil: um panorama histórico
Curso: EXTENSÃO
Unidade: Unidade Consolação / SP
Promoção: CEHAL PUC-SP - Faculdade de Ciências Sociais
Para se inscrever: http://cogeae.pucsp.br/cogeae/curso/2511
Informações:
Início em: 2 de abril de 2011
Duração: 36 horas
Horário: sábados, das 9 às 12 horas





América Latina: Ditaduras e Revoluções no Século XX
Curso: EXTENSÃO
Unidade: Unidade Consolação / SP
Promoção: CEHAL PUC-SP
Para se inscrever:
http://cogeae.pucsp.br/cogeae/curso/2509
Informações: (11) 3124 9600 (11) 3124 9600
Início em: 2 de abril de 2011
Duração: 36 horas
Horário: sábados, das 13 às 16 horas


Abraços
Grata

--
Sueli Carlos
Fonoaudióloga
Coordenadora do Mutirão Cultural da UBE

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sobre o conto- Menalton Braff

Quem conta um conto?


Para o senso comum, um conto é uma história curta, mas o conhecimento apenas empírico da matéria não passa muito perto do alvo. Edgar Allan Poe, Júlio Cortázar e outros clássicos do gênero produziram uma série bastante grande de definições que, cada uma a seu modo, estão corretas. Para Poe, o que caracteriza um conto é sua extensão. Claro que se trata de narrativa curta. Para Cortázar, o conto é como uma luta de boxe: a primeira frase já deve ser um jabe que nocauteie o leitor. Foi Tchekov, outro clássico do gênero, quem disse que, se no início do conto aparecer uma espingarda pendurada na parede, até o fim do conto ela deve ser disparada.
De lado as definições desses clássicos, trilhemos caminhos mais simples.
O conto é um gênero narrativo em prosa, com economia de elementos, unidade de ação, em que todos os recursos levem a um efeito, que Poe chamou de efeito pretendido. Em geral, pensa-se que uma boa história curta tem como resultado um bom conto. Não é bem assim.
Uma boa história curta pode ser contada num filme, numa HQ, num poema e nada disso é conto, pois falta-lhes o que é específico à literatura: a construção de determinado discurso.
O conto, como hoje o entendemos, é uma orquestração de linguagem em que nada esteja sobrando, diferentemente do romance, em que nada deverá faltar. Ideia que já encontrei alhures. Seja de que tipo for (conto de personagem, de enredo, de atmosfera, de qualquer gênero, segundo classificação defendida pelo Nélson de Oliveira, conto policial, de terror, fantástico etc), o conto exige uma linguagem especial, em que se empreguem os recursos especificamente literários. Não é o simples contar uma história que se pode chamar de conto. Ele exige uma tensão interna da linguagem com os elementos da narrativa, como narrador, personagem, ação, tempo e espaço.
Quanto ao uso da linguagem, existem dois modos distintos em que a literatura vem pendulando através dos séculos. O modo apolíneo, claro, em que tudo deve ser dito com um mínimo de palavras, como o texto abaixo, do livro Insônia, de Graciliano Ramos:
Quando tio Severino voltou da fazenda, trouxe para Luciana um periquito. Não era um cara-suja ordinário, de uma cor só pequenino e mudo. Era um periquito grande, com manchas amarelas, andava torto, inchado, e fazia: ‒ “Eh! Eh!”
Trata-se do parágrafo inicial do conto Minsk, um parágrafo descritivo da personagem principal: Minsk. Observe-se que com duas pinceladas o narrador nos fornece inteiro o personagem principal.
O outro modo é o dionisíaco, em que se pode sentir a volúpia das palavras, pouco importando se há ou não clareza.
Observem-se os dois parágrafos iniciais do conto O burrinho pedrês, do livro Sagarana, de Guimarães Rosa. Como no exemplo precedente, o narrador vai apresentar seu personagem principal.
Era um burrinho pedrês, miúdo e resignado, vindo de Passa-Tempo, Conceição do Serro, ou não sei onde no sertão. Chamava-se Sete-de-Ouros, e já fora tão bom, como outro não existiu e nem pode haver igual.
Agora, porém, estava idoso, muito idoso. Tanto, que nem seria preciso abaixar-lhe a maxila teimosa, para espiar os cantos dos dentes. Era decrépito mesmo a distância: no algodão bruto do pêlo ‒ sementinhas escuras em rama rala e encardida; nos olhos remelentos, cor de bismuto, com pálpebras rosadas, quase sempre oclusas, em constante semi-sono; e na linha, fatigada e respeitável ‒ uma horizontal perfeita, do começo da testa à raiz da cauda em pêndulo amplo, para cá, para lá, tangendo as moscas.
Alguns aspectos desses fragmentos são comuns aos dois. Primeiro, ambos os textos são parágrafos iniciais de contos em que se começa pela apresentação da personagem, sua descrição. Segundo, nos dois textos houve um trabalho de linguagem que foge ao emprego comum e pragmático de seu uso. Os modos são diversos, mas a preocupação com a linguagem está nos dois casos. E terceiro, cada um dos detalhes da descrição da personagem é funcional. Nada nos textos acima é puro ornamento. A descrição é feita tendo em vista o que o Poe chamou de “efeito pretendido”.
São dois exemplos extremos e não somos maniqueístas. Entre os dois medeiam modos os mais diversos de se arranjar a linguagem, sem que nenhum deles seja absoluto ou anule os demais.
Por fim, entre a folga do romance e a tensão cerrada da poesia, está o conto, com suas particularidades como forma narrativa.

Menalton Braff

segunda-feira, 21 de março de 2011

Chá literário

Os escritores de Ribeirão Preto, filiados à UBE, estarão reunidos neste dia 26 de março para um encontro.
Deixo o convite aqui, extensivo à todos os colegas ubeenses.
Saudações.

Convite

O Núcleo de Ribeirão Preto, da União Brasileira de Escritores (UBE), tem o prazer de convidar você, colega de ofício, a participar do Primeiro Encontro dos escritores de Ribeirão Preto, filiados à UBE.

O Encontro acontecerá no dia 26 de março, às 16h, no Templo da Cidadania.

Convide um amigo ligado à área e traga um livro, ou texto seu, para leitura ou troca.

Por favor, confirme sua presença até 24 de março, pelo email, eliratier@hotmail.com ou pelo telefone 92028925.

Programação:

- Apresentação dos componentes do núcleo da UBE – Ribeirão Preto

- Pronunciamento do escritor Menalton Braff, Diretor de Integração Nacional da UBE e membro do Núcleo UBE-RP, sobre as diretrizes da UBE, e os próximos eventos apoiados pelo Núcleo.

- Apresentação dos escritores filiados à UBE


Espero você e seu convidado!

Encontro dos Escritores de Ribeirão Preto filiados à UBE

Dia 26 de março

16h

Templo da Cidadania – Rua Conde Afonso Celso, 333
Ribeirão Preto

Confirme sua presença


Eliane Ratier- Coordenadora do Núcleo UBE-RP

quinta-feira, 17 de março de 2011


Reunião do Núcleo de Ribeirão Preto, na foto Ely, Mara, Regina, Eliane e Menalton

O núcleo de Ribeirão Preto reuniu-se em 12 de março, para tratar das próximas atividades.
No dia 26 de março,às 16 horas, receberemos os escritores de Ribeirão Preto filiados à UBE para um encontro no Templo da Cidadania.
Sintam-se todos, escritores ubeenses, convidados.
Menalton Braff, Diretor de Integração Nacional da UBE falará sobre as diretrizes da entidade.
Os escritores estão sendo estimulados a trazer um convidado da área literária para que conheça a UBE.
Os demais eventos serão comunicados no Encontro e serão noticiados aqui para amplo conhecimento e farta participação.
Eliane Ratier

domingo, 13 de março de 2011

Instalação do Núcleo Canoas

Amigos, fica aqui o convite para a instalação do Nucleo da UBE Canoas, conduzido pela escritora Neida Rocha.Parabéns pelo evento, com o abraço do Núcleo Ribeirão Preto.

CONVITE
Neida Rocha - Coordenadora
Nelsi Urnau
Convidam os amigos das Letras para a
Instalação do Núcleo Canoas/UBE
DATA: 16/03/2011
HORA: 16 horas
LOCAL: Câmara Vereadores de Canoas
Rua Ipiranga - Centro - Canoas/RS

por Eliane Ratier

quarta-feira, 2 de março de 2011

Notícias da Bahia- Carlos Souza - Núcleo de Salvador

União Brasileira de Escritores

Carlos Souza
carlossouzamkt@hotmail.com

A tradição das letras na Bahia começou com a Carta de Pero Vaz de Caminha, em 1500, quando este pisou em solo que logo depois seria parte do território baiano. Ao longo dos séculos, a literatura produzida na Bahia revelou grandes nomes que se espalharam pelo Brasil e pelo mundo. Por aqui, também, em 1724 foi criada a Academia Brasílica dos Esquecidos, que funcionou menos de um ano. Passados 29 anos (1759), surge a Academia Brasílica dos Renascidos, com o intuito de resgatar o trabalho iniciado pelos ”esquecidos”.
Atualmente, a maior e mais importante instituição que congrega os escritores, é a Academia Brasileira de Letras, onde estão os nomes de peso da literatura nacional; em Salvador é a Academia de Letras da Bahia. No âmbito dos estados, estão as academias estaduais. Além das academias, existe a União Brasileira de Escritores (UBE), a mais antiga associação de escritores do Brasil. Sua criação se deu em 17 de janeiro de 1958, fruto da fusão da Sociedade Paulista de Escritores com a Associação Brasileira de Escritores. Ao longo de sua história, mais de 3.700 escritores de todo o Brasil filiarem-se a instituição, que continua recebendo novos associados. A função principal da UBE é defender os interesses dos escritores em todas as manifestações literárias, além de discutir políticas culturais de valorização dos artistas da palavra.
Como a Bahia costuma ser pioneira em diversos aspectos da cultura, não poderia ficar por muito tempo sem ter a sua UBE, para agregar os inúmeros autores que estão espalhados por centenas de cidades. Daí surgiu a ideia de criar a União Brasileira de Escritores – UBE, núcleo Bahia, vinculado a UBE - União Brasileira de Escritores de São Paulo. O objetivo é agregar e buscar soluções conjuntas para fortalecer o movimento literário no estado.
Após constatar as inúmeras dificuldades enfrentadas pelos escritores da Bahia, buscamos dialogar com a UBE de São Paulo, o apoio para a criação do núcleo na Bahia. As negociações começaram em agosto de 2010, e em setembro, durante o I Encontro de Escritores Baianos Independentes, realizado pela Fundação Òmnira foi anunciado à criação do núcleo, que já realizou sua primeira reunião pública no início de fevereiro, onde cerca de 40 pessoas se fizeram presente, entre elas personalidades como o Ubiratan Castro de Araújo, Aramis Ribeiro Costa e Araken Vaz Galvão.
Na assembléia, foram discutidos temas como o fortalecimento do movimento literário na Bahia, que se darão através de reuniões mensais, encontros literários, lançamentos, palestras, recitais e a parceria com as Academias de Letras e Artes da capital e do interior, alem de outras instituições públicas e privadas; a participação dos autores locais na X Bienal do Livro da Bahia. Para a Bienal, a UBE/Bahia pleiteia um espaço onde os escritores baianos possam expor suas obras, fazer lançamentos e também uma maior participação na programação da Feira, nos espaços como Café Literário, Praça de Cordel e Poesia, Arena Jovem etc.
Outra proposta bastante elogiada pelos escritores, durante a reunião foi em relação ao V Congresso Brasileiro de Escritores, que será realizado no período de 12 a 15 de novembro de 2011, em Ribeirão Preto, São Paulo. O objetivo da UBE/Bahia é incluir escritores baianos na programação oficial, em palestras e lançamento de livros.
Foi dada a largada, agora para que a UBE/Bahia se transforme em uma instituição forte e representativa, os escritores deverão deixar suas diferenças de lado e buscar juntos, construir um espaço de discussão e esperança para que a literatura da Bahia possa se desenvolver profissionalmente e revelar nomes tão importantes como Dias Gomes, Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro, entres outros baianos que engrandecem a literatura brasileira.
CARLOS SOUZA / JORNALISTA E COORDENADOR DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES, NÚCLEO BAHIA.

Artigo publicado no Jornal A Tarde. Salvador, sexta-feira 25 / 02/ 2011.
Populares – Página 6