domingo, 24 de junho de 2012

Carolina Bernardes dá notícias sobre seu novo livro "Retalhos e Epopéias"

Meus amigos! Estou escrevendo a todos aqueles que não puderam estar comigo em minha noite de autógrafos no dia 27/05 no Ponto Chic, em Ribeirão Preto. Muitos de vocês haviam confirmado e não pude contar com a alegria de tê-los ao meu lado. Este e-mail é para agradecer as muitas mensagens recebidas, de apoio, de amizade, de conforto, de interesse pelo meu trabalho. O lançamento de Retalhos e Epopeias me ensinou que publicar um livro é um processo lento, que necessita tempo para alcançar espaços desconhecidos e o coração das pessoas. No entanto, este é o ofício que escolhi para mim. Para continuar escrevendo e publicando, não posso esmorecer em meu esforço de divulgar. Por isso, preciso dizer-lhes que o livro está à venda no site da editora com frete grátis para todo o Brasil. É só acessar o link abaixo para conhecer o livro e fazer seu pedido: http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=104&Itemid=55 Se alguém quiser comprar diretamente comigo e ganhar o autógrafo, ainda tenho alguns exemplares. É só me escrever e acertamos. Mais informações sobre o livro no blog que lhe deu origem: http://retalhoseepopeias.blogspot.com.br/2012/05/retalhos-e-epopeias-editora-patua-o.html Abaixo, um conto do livro: Matéria Cavar buracos era sua profissão. Sabia como segurar sabiamente uma pá, manejar com apuro o cajado, a haste de madeira alongada acima de sua cabeça. Cravar na terra o metal terroso no rumo certo e arrancar grumos compactos, o torrão silencioso que se esfarela com o vigor da ferramenta. Preferia cravar o bicho na terra seca, revolver até se soltar e o buraco aparecer. Terra molhada levava tempo, a massa preguiçosa pedia o retorno ao lar. O sol na testa, o sol nas costas, o sol encharcado na terra sóbria. Depois que amontoava a inutilidade em outro espaço, subia no monte e ria lautamente para o buraco. Uma caverna aberta sob o céu, oca para o mundo: pronta pra receber defunto, pra esconder ninhada, plantar jatobá, armadilha de onça matreira, armazém de guerra, esconderijo de moleque fugido, leito de andarilho e de casal, raiz de edifício, açude da casa triste, fosso do inimigo e do castelo, fossa de entulho, alçapão de outros mundos. Do alto do monturo, estreitava sempre os laços com o buraco de sua autoria. O vazio pra tudo servia, era mais do que a criação. Mas o cavador de buracos não se refestelava por muito tempo, do monturo descia, desanimava o vazio. Se é buraco para a ocupação. Um abraço grande, com toda a minha amizade! -- Carolina Bernardes www.carolinabernardes.com.br http://retalhoseepopeias.blogspot.com

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