Segue o poema.
Parabéns, João!
debutante
joão augusto
(antes
de
fazer
sentido
é
preciso
fazer
sentir
antes
de
fazer
poesia
é
preciso
fazer
a si)
tenho em
mim
a linguagem própria
dos sinais
o canto
o conto
um ramo de elegia
moldura secular
em vestes brancas
de contra-alegoria
a roupa nova
do rei
um rasgo na
crueza do espaço
o caule
o cume
o risco
o embaraço
minha obsessão
nunca foram
dentes e solidão
(ainda há vagas
para palavras
desempregadas)
sou um
lobisomem juvenil
um poema
dentro de
um
poeta
debutante
aos olhos
do
imperador
longe do
cíclico
olho
errante
palavras
colhidas
na feira de
um
verbo que
brota do
chão
a ninfa
que baila
menina
nas águas
de
um ribeirão
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