Mara Senna levou seu "Eternidades na Palma da Mão" para uma manhã de autógrafos na biblioteca do clube de Regatas, em Ribeirão Preto.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Rita Mourão e seu espaço no Colégio Metodista
O espaço abriga troféus e medalhas da escritora vencedora de muitos concursos literários.
A escola liga, assim, definitivamente a história de Rita Mourão à sua própria.
Rita foi professora na escola, cuidou da biblioteca e deu início à um projeto literário que incentiva a escrita poética dos alunos, que produzem textos para um livro anual.
Rita estava muito feliz junto aos familiares e amigos, pessoas de grande importância em sua vida e carreira literária.
Nós , os presentes, vivemos momentos de emoção ao conhecer melhor a história desta grande mulher.
Parabéns, Rita Mourão!!
Aqui algumas fotos do evento:
Rita e sua galeria de troféus |
Rita Mourão em discurso emocionado e emocionante |
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Três poemas inéditos de Rita Mourão
O QUE ME CONSTRÓI
Rita Mourão
Não sou poeta solitária,
que tem dom de se
multiplicar.
Quero cantar o presente, ser fruto e ser semente,
comer e frutificar a maçã com a sã consciência
de que sou parceira da vida.
Quero sentir o sabor da entrega habitual,
ritual e oferenda à
criação.
E a maçã extraordinariamente
madura
perpetuará o amor em explosão,
dom que se derrama e se faz nova Criatura.
Ou se come do fruto ou
se morre sem multiplicação.
SUPREMACIA DA PALAVRA
Sou leitora
das minhas possibilidades.
Leio-me e a
fragilidade se aflora.
A hora é de descobertas, desenhando a vida.
Sou feita da
Palavra que se multiplica,
um corpo
regido por decreto.
Descubro em
mim os principais verbos do meu
contexto,
frágil
texto, ensaio de um incerto vir a ser.
“Nasce,
vive, morre, são Palavras em ação
na arena da
vida.
Sou corpo, receptáculo
da Palavra,
Senhora das
horas que me decrescem.
A Palavra constrói e destrói
e o Verbo é soberano, dele emana o tempo.
Não me
agrada ser corpo, é a Palavra quem lavra as sentenças.
Ser Palavra,
ser variante, arcaica ou moderna,
mas eterna,
recriando o verbo estar.
E meu corpo
se rebela, ao perceber que a Palavra constrói
e destrói, sem macular o corpo dela.
Sou Palavra
viva enquanto vivo, depois serei
essência,
uma volátil presença do AMOR SUPREMO.
E a vida
segue com olhos de touro.
Só a Palavra é eterna. (Rita Mourão)
Quando Ele
chegar
Rita Mourão
A mesa já foi posta.
O pão
fermentado aguarda silencioso
a hora de
ser imolado.
O vinho na
taça
tinge de sangue os
meus olhos expectantes.
A noite se
aproxima,
Não sei
a hora exata da chegada
e a
minha humanizada natureza se aflige.
Quero estar pronta e refaço todos os dias
a limpeza dos ornamentos da mesa,
rituais de uma última ceia.
Quando Ele chegar encontrará a porta aberta,
o alimento purificado para a oferta
e na
partilha do pão me revelará sua glória.
Minhas
expressões tomarão formas de eternidade
e a
suavidade do Amor Pleno povoará meu corpo transfigurado.
Eu tocarei o rosto de Deus, serei pássaro, serei anjo
e voarei sem
o peso do invólucro que envolve a minha alma.
Vivi a vida,
a vida
agora me vive e me desarma.
Na mesa
posta uma vela bruxuleia,
à espera da última ceia.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Elisa e Gaiô no Varal de Natal
Toda a revista aqui:
MAIS UM ANO SE ESVAI...
Por Elisa Alderani
“Caminha lento, não te apresses... Pois o único lugar que tens a chegar é a ti mesmo”! (Ortega Y. Gasset)
Os anos passam, vão se multiplicando e sem perceber chegamos à idade da sabedoria. Perguntamo-nos o motivo de tanta pressa, de tanto estresse e o porquê de tantas preocupações que, ao final, nos levaram a nada, o tempo se encarregou de encobrir tudo com a poeira das lembranças. O caminho foi árduo, complicado, cada um de nós conheceu muito bem o percurso percorrido.
Agora que os anos se passaram necessitamos caminhar lentamente, sem pressa de chegar. Este ditado nos leva a pensar, e pensar muito, sobre tanta pressa que tivemos de crescer, fazer isso e aquilo, correr atrás do amor, do trabalho para alcançar os objetivos que sonhávamos.
Tudo aconteceu como pensávamos? Não, infelizmente muitos acontecimentos mudaram a nossa rota. O caminho ficou tortuoso, às vezes procuramos saídas diferentes, atalhos que nos levaram para outros lugares e muitas vezes mais longe de nós mesmos. Precisou muitas vezes parar, e Deus pensou nisso com algumas pausas forçadas. Às vezes foi uma doença inesperada, ou uma mudança repentina. Depois de todos estes acontecimentos inesperados, retomávamos o caminho com outro ânimo, pois tudo passa.
Somos como as águas de um rio, que nunca param, somos guiadas por uma força misteriosa, nós também contornamos as pedras e continuamos o percurso até o mar! O nosso mar que nos espera é calmo, eterno e profundamente desconhecido. Deus na sua imensa misericórdia não nos deu a conhecer quando e como chegaremos às margens dele, nunca saberemos se está longe ou perto, não sabemos a distância que ele dista. A medida para nós é outra, é o tempo, só sabemos que chegaremos, às vezes sem ter conseguido nos conhecer... Mas temos certeza que alcançaremos a imensidade dessas águas!
É belo sonhar com serenidade, sem pressa, nesse azul das águas profundas de um oceano imenso que nos espera, pois é o “Mistério" de nossa vida transitória...
2015 – Passagem -
2016
Por Gaiô
E no profundo silêncio que a noite envolve, vê-se o ser humano tocado por um sentimento do que é mais nobre de significados: A celebração do Ser que em si traz, espelhado num menino, envolto em simplicidade e que nasce ampliado no coração dos homens...
E podemos todos nos reunir em Belém... É Natal!
E juntos, para lá vamos, compondo o corpo de luz do universo,
Levando no peito o Amor e nossas conquistas que reverberam nossas memórias Através da historia...
E ao longo das eras vimos traçando caminhos, carregando propósitos, novos desafios que se abrem a mil possibilidades diante da vida, na macro dimensão do Ser...
Façamos a caminhada das novas descobertas, sem medos.
O universo está aí, bem dentro de você, de nós...
E as estrelas falam no silêncio... Elas nos reconhecem nas partículas que delas herdamos.
E nos irmanamos.
Há mais vida, há mais organização do que suspeitamos.
Cada astro, cada estrela, cada lua, cada sol, cada um de nós...tem seu lugar.
Aquietemo-nos... Ouçamos, interior adentremos, toda a beleza que se faz riqueza quando nos pomos a ouvir o que diz o coração.. .
Ouçamos nossas vibrações pessoais...
Algo novo, oculto e desvelado, calmo, silencioso, nasce da inteligência do coração.
Desde a eternidade, o trazemos em nosso pulso evolucionário.
Em ritos de passagem, de dentro pra fora vai se instalando uma revolução silenciosa e lenta numa conspiração global, espiritual, como se células se espalhassem em cada canto do Planeta em novas transformações.
E comungando talentos e dons anônimos, podemos todos participar de cada cultura do mundo, se espalhando pelas cidades, vilas e vales, tribos e ilhas.
E se revelam todos os mistérios que buscamos entender, sem quase nunca compreender...
E acariciados pelos sentidos, ouçamos nossos sons, sintamos em cada movimento, nossa luz irradiando a verdade, vibrando a energia que acolhe e soma fraternidade.
E saciados, façamos mudanças, novos caminhos, nem sempre fáceis, ao encontro de novos olhares, iluminados de boa vontade e bondade na construção do mundo novo em redes múltiplas de amor e solidariedade. Sem fronteiras, como a língua, ricas de verdades límpidas, singelas, transparentes plantadas no coração maior de cada um.
Num sopro inspiramos a força que vem do cosmos, exalando cuidado , investindo no delicado, colaborando por um mundo melhor, num plano maior...
Seja esta a religião do século 21...transpondo mais um degrau da evolução ao encontro de uma novo estado de consciência.
E harmonizados, impregnados pelo Divino, vibremos em uníssono com a luz pela Paz, inspirando cada som, cada melodia, desta orquestra de dons e talentos em celebração.
Feliz Natal! Feliz Ano Novo!
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